terça-feira, 29 de março de 2011

Ultrassonografia: um exame inofensivo. Será?

Primeira consulta pré-natal, o médico faz um calendário de ultrassonografias a serem feitas no correr da gestação. No meu caso foram pedidas seis, mas sei de muitos médicos que pedem uma por mês. Noventa por cento dos sites médicos ou informativos para grávidas dizem ser o ultrassom um exame sem qualquer efeito colateral, mas alguns cientistas se dedicam a pesquisas que contradizem essa segurança pressuposta.


"A Organização Mundial da Saúde salienta que as tecnologias ligadas à saúde deveriam ser avaliadas com profundidade antes de terem seu uso extensamente difundido. O exame por ultrassom durante a gravidez tem atualmente seu uso difundido sem avaliação suficiente. A pesquisa demonstrou sua eficácia para determinadas complicações da gravidez, mas o material publicado não justifica o uso rotineiro do ultrassom em mulheres grávidas. Há também informação insuficiente no que diz respeito à segurança do uso do ultrassom durante a gravidez. Ainda não há também qualquer avaliação detalhada, multidisciplinar do uso do ultrassom durante a gravidez, incluindo: eficácia clínica, efeitos psicológicos, considerações éticas, implicações legais, relação custo- benefício e segurança." (http://www.amigasdoparto.com.br/ac016.html)

Nos EUA só são permitidas duas ultras numa gestação normal. Em Portugual admite-se até quatro. No Brasil praticam-se nove.

Pesquisadores da
USP publicaram um estudo com os efeitos biológicos do ultrassom em que:
  1. quando atravessa um tecido é absorvido e pode elevar a temperatura local. As mudanças biológicas devidas a isso seriam as mesmas se a elevação fosse provocada por outro agente. A taxa de absorção do ultrassom aumenta com sua freqüência.
  2. outro efeito possível está associado à cavitação, termo usado para descrever a formação de cavidades ou bolhas no meio líquido, contendo quantidades variáveis de gás ou vapor. No caso de células biológicas ou macromoléculas em suspensão aquosa, o ultra-som pode alterá-las estruturalmente e/ou funcionalmente através da cavitação. A pressão negativa no tecido durante a rarefação pode fazer com que os gases dissolvidos ou capturados se juntem para formar bolhas. O colapso dessas bolhas libera energia que pode romper as ligações moleculares, provocando o aparecimento de radicais livres H+ e OH-, altamente reativos e como conseqüência, causar mudanças químicas.
Tendo em vista tudo isso decidimos fazer apenas as ultras necessárias para cerificação do bom desenvolvimento do nosso pequeno. Assim sendo não faremos a ultra prevista para 10 de abril que seria apenas para sabermos o sexo. Para quem se interessar, os sites que serviram de fonte oferecem excelente texto para maior aprofundamento no assunto.

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