Esclarecimentos sobre o não uso de fraldas

Quando resolvemos anuncair que não usaríamos fralda nem berço com o pequeno, surgiu o primeiro desconforto familiar. É normal que a maioria das pessoas se espante quando alguém questiona um comportamento estabelecido há tanto tempo que nem se sabe quando.

Ouvimos comentários do tipo:

"Mas vai dormir onde, coitadinho..."
"Que absurdo!"
"Ele vai ser como um indiozinho, andando por aí sem roupa? rsrsrs..."

Vamos por partes, primeiro falarei sobre as fraldas, em outro post falamos sobre o berço.

Há muito que ouvia argumentos ecológicos contra as fraldas descartáveis, afinal são feitas de plástico (500 anos de lixo na natureza) e papel (árvores derrubadas e todos caos gerado nesse processo). Mas confesso que não sou ecologista ferrenha e que as vantagens das descartáveis são semelhantes ao uso de absorvente femininos, uma liberdade em meio à rotina.

De todo modo gostaria de usufruir das maravilhas da modernidade sem degradar ainda mais o planeta que estou deixando para meus filhos e netos. Não sou contra os avanços tecnológicos, mas sim contra os excessos que regem seus usos.

Usar fraldas de pano não seria uma alternativa tão mais saudável e ecológica assim. O pano não isola o xixi e permite maior proliferação de bactérias, o que resulta em problemas de saúde para o bebê. Isso sem falar na quantidade de água gasta para lavar as três mil trocas médias que um bebê necessida por ano.

Foi então que descobri uma técnica muito difundida na Europa, a Elimination Communication. É baseada no conhecimento que os bebês têm controle da bexiga e do esfíncter desde o nascimento. Respeitando o ciclo biológico de todo ser humano que elimina, normalmente, ao acodar e após suas refeições, é desenvolvida uma abordagem natural de comunicação nos momentos de eliminação das necessidades dos bebês.  Nesses momentos o bebê deve ser levado ao banheiro. Ali a mãe vai se comunicar com o bebê auxiliando-o a eliminar e se mostrando satisfeita quando ele consegue.

O método pode ser aplicado em recém nascidos com utilização de potes ou diretamete no sanitário, de acordo com melhor adequação dos pais.

No vídeo, mãe e bebê de 17 dias aprendem juntos. Uma aventura, rsrsrs.

Benefício para a saúde do bebê. Listamos os dez primeiros, mas no site de origem são apontados 75:

1. evita a assadura e irritação da pele do bebê.

2. reduz a exposiçãoda pele do bebê a produtos químicos.

3. permite a mãe a ter mais conhecimento de padrões de eliminação do bebê e desenvolver uma melhor noção de sistema digestivo da criança. Potencialmente poderá reagir a alérgenos mais rapidamente. E perceber se a criança apresenta desconforto ou dor durante a eliminação.

4.  permite aos bebés não usar fraldas em trajes de banho. Swim-fraldas" não impedem a urina de entrar na piscina e não são confortáveis ​​para o bebê. 5.reduz o risco de infecções do trato urinário, assim como as constipações.

6.  reduz ou elimina a cólica.

7. reduz o risco de enurese noturna em crianças mais velhas.

8. capacita as necessidades das crianças, tornando-as participantes ativos no cuidado de suas necessidades próprias da eliminação.

9. reduz o uso de fraldas descartáveis, lenços úmidecidos e o desperdicio de água na lavagem das fraldas de pano

10.  mais economico, confortável e saudável.

Pretendemos aplicar o método aliado ao uso de fraldas descartáveis para o sono e para passeios. Não é o ideal, mas já teremos reduzido consideravelmente a quantidade de lixo que um bebê normalmente produziria.