As dores na barriga

Agora que estamos para além do sexto mês, qualquer incômodo se torna uma preocupação extra.

Desde o início, tudo transcorreu bem. Fora uma leve e curta infecção urinária no quarto mês e uma crise no ciático na mesma época, todos os exames sempre resultam em "nota mil" como diz o Drº Eduardo.

Mas uma pressão na base da barriga vem incomodando além do normal e preocupou o médico e a nós todos. Foi pedida uma bateria de exames. O doutor tinha medo que houvesse uma bactéria escondida e que ela provocasse o parto antes da hora.

Mais uma vez os exames não acusaram nada de anormal. Daí que o Bruno teve uma luz: diagnóstico típico da fibromialgia! Como não pensamos nisso antes. O fato de não ter mais as graves crises que tinha antes nos fez esquecer que tenho fibromialgia, rsrsrs...

Só então fui pesquisar para saber como isso afetaria a gestação. No site fibromialgia.com.br tem um artigo específico sobre a doença e a gravidez.

Lá eles explicam que os estudos ainda são poucos mas o que foi detectado é que "Os sintomas que mais tendem a aumentar o desconforto durante a gravidez são as cãibras, as náuseas e os vômitos do primeiro trimestre, contrações uterinas, a falta de sono e cansaço e até dores na base da barriga, pela pressão da cabeça do nenê. " Tirando os vômitos eu tive todos esses sintomas, e aí está a tal dor na base da barriga que ninguém sabia explicar.

Para minimizar o desconforto eles aconselham:

- Lembrar que a FM não acarreta maior número de abortos espontâneos.
- Muitos dos sintomas serão da gravidez e não da FM, como a dor lombar.
- Discutir com seu médico como diminuir a náuseas e os vômitos no primeiro trimestre, como comer alimentos mais secos, em menor quantidade e mais vezes ao dia.
- Procurar sempre se exercitar, mesmo que levemente, fazendo caminhadas leves e alongamentos.
- Permitir-se maiores períodos de descanso no primeiro e no terceiro trimestres.
- Usar analgésicos permitidos na gravidez, como o paracetamol.
- Conversar com o médico obstetra sobre analgesia durante o parto, e se uma cesariana for o procedimento de eleição, uma analgesia pós-operatória deve ser satisfatória. 


Como estamos seguindo essas recomendações mesmo antes de sabê-las, não há com o que se preocupar. As dores que estou sentindo são suportáveis apesar de incômodas, talvez seriam piores se eu não estivesse seguindo esses procedimentos. O importante é que a pequena vai muito bem e ao que tudo indica virá pontualmente, nem antes nem depois da hora.