quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Terceira Semana

 
Em tempos de preservação de células tronco (serviço caríssimo e nada garantido), um assunto um tanto tabu volta à pauta entre os recém pais: o que fazer com a placenta?

A placenta é um órgão transitório que faz a vez de pulmão, rim, intestino, hipófise e fígado do bebê. É ligada à mãe por membranas na parede do útero e ao bebê pelo cordão umbilical. É a ligação física mais importante entre mãe e bebê. É uma fonte de informações genéticas do bebê importantíssima, por isso só é descartada após a alta da mãe e do bebê.

O destino da placenta pós-parto é muito variado de uma cultura para outra. Há países no ocidente que incineram, algumas culturas e religiões praticam a ingestão da placenta por acreditarem no seu poder curativo e preventivo de doenças, outras ainda a enterram por diversos motivos. Os Maoris da Nova Zelândia enterram no intuito de melhorar a relação entre a humanidade e a  Mãe Natureza; no Camboja e na Costa Rica acredita-se que ao enterrar assegura-se a saúde da mãe e do bebê. No Brasil ela é rotineiramente descartada em lixo hospitalar.

Escolhemos enterrá-la como adubo para uma árvore que pudéssemos acompanhar com a Lara o seu crescimento. O Ipê Amarelo é a  árvore símbolo do Brasil , nada melhor para coroar o crescimento da família Brasil. A muda foi presente do tio Erich e da Ana. E nesta terceira semana Lara fez sua primeira slingada com o papai em busca do lugar para plantarmos.


Escolhido o lugar: a entrada do heliporto da casa do governador, no parque Guinle. Plantamos no dia das crianças com a ajuda dos avós maternos e da amiga Talita. No final brindamos com um gostoso café com bolo. A tia-avó Anabel chegou a tempo do café.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Segunda semana


  Na minha segunda semana de vida, dia 04 de Outubro, fiz minha primeira visita ao pediatra. Meu vô Beto foi com a gente e me carregou todo prosa.

Chegando lá qual não foi a surpresa quando minha mãe confirmou com o Dr Alexandre que ele é o filho do Dr Agostinho que foi o pediatra dela. Não é engraçado isso? Ela nem procurou e acabamos sem querer nas mãos do filho do médico que cuidou da mamãe quando ela era um bebê como eu. Minha vó Haydê ficou emocionada também.

Dr. Alexandre falou que minha saúde é excelente, me deu um remédio pra cólica e pediu pra voltarmos quando eu tiver um mês.

Quando saímos do consultório eu estava toda faceira achando que o passeio ia ser só aquilo e voltaríamos logo pra casa. Quanto ingenuidade a minha, paramos num posto de saúde pra que eu tomasse a vacina BCG. Que horror!!! Só não dói mais que teste do pezinho, e dessa vez minha mãe estava comigo e fechou meus olhos pra eu não me assustar com a agulha. Ai, ai, vida de RN não é mole não...

No dia seguinte ao da consulta meu vô foi embora e meu coto também. Agora sou uma menina de umbigo próprio, rsrsrs. Ele ainda está feiinho, um pouco pra fora, mas dizem que quando eu engordar ele entra.


 

Ainda nesse dia 05 de Outubro recebi a visita da minha dinda verde, a Carlota e dormi pela primeira vez na minha cama de princesa. O coelho Tom, que está na minha cama e tem caixa de música que me ajuda a dormir, foi o primeiro presente que ganhei da dinda Carlota.


Pra fechar a semana na paz, tomei meu primeiro banho de sol no estacionamento do prédio. Já tinha tomado com minha vó Haydê, mas esse da foto foi com meu pai.

Ah, eu já ia esquecendo,  no dia 06 de Outubro eu fiz meu primeiro cocô no troninho. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Em casa

Amanda e Tibor - 01.Out

Bia Lima e Marc Dufour - 02.Out

Carlota - 05.Out

Talita - 12.Out

Tia-avó Anabel - 12.Out


Na maternidade

    
Avós - 24.09

Tio Erich, Ana e bisa Yo - 25.09
Bia Lima - 25.09
Tia Duda - 24 e 25.09
Carlota e Felipe - 25.09
Ciça e Rodrigo - 25.09

Primeira semana de vida


Eu nasci num sábado, 24 de setembro, um dia antes do previsto pelo médico. Nascer já não é nada fácil, eu não entendi nada desse negócio de vérnix que meus pais pediam tanto enquanto eu estava na barriga da minha mãe. Resultado, nada de parto quiabo, acabei nascendo de cesariana mesmo, fazer o quê?

Depois de tanto esforço pra tentar descer mesmo sem vérnix, quando a gente sai da barriga da mãe tem logo que ir fazer prova. Ufa, ainda bem que tirei 9-10, assim meus pais ficam felizes e esquecem o lance do vérnix, rsrsrs...

Depois da prova, tive que mamar no peito, conhecer meus avós e minha tia Duda. No dia seguinte receber um monte de visitas e no terceiro dia tiraram meu colostro, trocaram por leite, ai minha barriguinha...

 
Finalmente fui pra casa no quarto dia. Meu tio Erich foi nos buscar na maternidade enquanto meus avós Miriam e Beto preparavam as boas vindas em casa. Andar de carro, conhecer minha casa, meu quarto e dormir no carrinho. Não gostei muito desse negócio de dormir no carrinho, e com o lance do leite fiquei sem fazer cocô e acabei sofrendo muito de cólicas, ai minha barriguinha...

No segundo dia em casa mais aulas. Tomei meu primeiro banho de balde e meu primeiro leite de copinho.

Meus pais dizem que sou muito inteligente, afinal me saí bem em todas as primeiras provações da vida. Não chorei no banho e não derramei o leite do copinho, mamei tudinho sem reclamar, mesmo tendo um peitão cheio de leite quentinho bem ao lado.


Pensam que as novidades acabaram por aí? Nada, vida de RN não é mole não. No dia seguinte, meu sexto dia de vida, tomei meu primeiro banho de banheira normal. Meus pais e avós queriam ver qual banho iria me agradar mais. Depois fui tirar a primeira sonequinha na mini-cama. 

 
Quando o RN pensa que vai descansar, é chegada a hora limite para fazer o teste do pezinho. Minha avó Miriam até foi embora pra não ver essa judiação. Gente, dói muito! Meu pai, o vô Beto e a vó Aidê estavam comigo, são testemunhas do quanto sofri. Além de furarem o pé da gente, ainda ficam apertando a ferida para ver se sai bastante sangue. Como eu disse, vida de RN não é fácil.

Quando fiz uma semana de vida, fiz também a mamada de número 50 e recebi minha primeira visita em casa, dos amigos do papai e da mamãe, Amanda e Tibor. 



Pra fechar com chave de ouro minha primeira semana, aquele domingo era dia de jogo do Flamengo e, como no dia em que nasci, o mengão ganhou de 2X1 (dia 24.09 contra o AMG e dia 01.10 contra o SPO). Foi uma verdadeira festa aqui em casa. Vieram meus tios Ana e Erich, meus avós Aidê, Noel e Beto e Bia Lima com Marc Dufour, a segunda visita em casa de amigos dos meus pais.  





Ê semaninha agita sô, rsrsrs...mas eu gostcho!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A estréia de Lara no palco da vida





Sexta-feira, 23 de Setembro, meu irmão aparece de surpresa em nossa casa oferecendo o carro emprestado para o caso da Lara querer vir ao mundo.

Resolvemos ir à PUC fechar as últimas pendências, naquele dia já tinha resolvido a pendência no Banco do Brasil e com o protocolo final da dissertação só restaria curtir a espera da pequena.


Ao final do dia, lá pelas 20hs, terminamos todo o longo processo de encaminhamento das duas cópias necessárias para encerrar o capítulo "Mestrado" da minha vida. Suspirei aliviada e disse: pronto, agora se a Lara quiser pode nascer. Na mesma hora comecei a sentir contrações bem dolorosas. O vô Beto, preocupado, dizia que eu tinha feito muito esforço. E eu respondia que era assim mesmo, que venho sentindo isso há mais de uma semana.


Naquela madrugada eu vi que era diferente. Às 3hs da manhã do dia 24 de Setembro as dores se tornaram insuportáveis. A cada contração sentia a necessidade de ir ao banheiro. Meia hora depois comecei a perder o tampão, então acordei o Bruno. Lidamos com as contrações cada vez mais frequentes até às 6hs.  Decidimos que só avisar ao médico pela manhã, para que ele estivesse descansado na hora do parto. Às 7hs já estávamos internados, ficamos em trabalho de parto até 11:30hs.


Mesmo com dilatação total o bebê não descia. Entre uma contração e outra o Drº Eduardo ouvia o  coraçãozinho dela e quando ele começou a fraquejar, o médico, tão frustrado quanto nós, disse que teríamos que operar. A equipe foi nota mil, para o nosso consolo temos a certeza de que não havia outra alternativa. Todos se esforçaram para humanizar ao máximo o parto vaginal hospitalar, e quando não foi mais possível tentaram nos confortar cumprindo com o que ainda era possível manter, como a amamentação pós-parto.


Assim, com o coração partido, mas aos poucos cicatrizando pela alegria de termos nossa filha com apgar 9-10 em nossos braços, temos que dizer que ela nasceu de cesariana, mas ainda assim pôde mamar em seu primeiro minuto de vida. E ao fim de tudo ainda recebi do médico um fraternal beijo na testa.