segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A estréia de Lara no palco da vida
Sexta-feira, 23 de Setembro, meu irmão aparece de surpresa em nossa casa oferecendo o carro emprestado para o caso da Lara querer vir ao mundo.
Resolvemos ir à PUC fechar as últimas pendências, naquele dia já tinha resolvido a pendência no Banco do Brasil e com o protocolo final da dissertação só restaria curtir a espera da pequena.
Ao final do dia, lá pelas 20hs, terminamos todo o longo processo de encaminhamento das duas cópias necessárias para encerrar o capítulo "Mestrado" da minha vida. Suspirei aliviada e disse: pronto, agora se a Lara quiser pode nascer. Na mesma hora comecei a sentir contrações bem dolorosas. O vô Beto, preocupado, dizia que eu tinha feito muito esforço. E eu respondia que era assim mesmo, que venho sentindo isso há mais de uma semana.
Naquela madrugada eu vi que era diferente. Às 3hs da manhã do dia 24 de Setembro as dores se tornaram insuportáveis. A cada contração sentia a necessidade de ir ao banheiro. Meia hora depois comecei a perder o tampão, então acordei o Bruno. Lidamos com as contrações cada vez mais frequentes até às 6hs. Decidimos que só avisar ao médico pela manhã, para que ele estivesse descansado na hora do parto. Às 7hs já estávamos internados, ficamos em trabalho de parto até 11:30hs.
Mesmo com dilatação total o bebê não descia. Entre uma contração e outra o Drº Eduardo ouvia o coraçãozinho dela e quando ele começou a fraquejar, o médico, tão frustrado quanto nós, disse que teríamos que operar. A equipe foi nota mil, para o nosso consolo temos a certeza de que não havia outra alternativa. Todos se esforçaram para humanizar ao máximo o parto vaginal hospitalar, e quando não foi mais possível tentaram nos confortar cumprindo com o que ainda era possível manter, como a amamentação pós-parto.
Assim, com o coração partido, mas aos poucos cicatrizando pela alegria de termos nossa filha com apgar 9-10 em nossos braços, temos que dizer que ela nasceu de cesariana, mas ainda assim pôde mamar em seu primeiro minuto de vida. E ao fim de tudo ainda recebi do médico um fraternal beijo na testa.
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